quarta-feira, 25 de maio de 2011

Acompanhe o voto do seu politico no novo Código Florestal

Mais uma vez, estamos nas mãos de políticos que nem sempre representam os valores e idéias do eleitor:

Veja se o seu deputado federal votou de acordo com seus príncipios:

http://www.camara.gov.br/internet/votacao/mostraVotacao.asp?ideVotacao=4653&numLegislatura=54&codCasa=1&numSessaoLegislativa=1&indTipoSessaoLegislativa=O&numSessao=123&indTipoSessao=E&tipo=partido



Se não votou (o que é bem provável neste caso), aproveite para mandar um email para seu deputado/a e mostrar sua insatisfação

Saiba mais abaixo:

'Emenda 164 é uma vergonha para o Brasil', diz Vacarezza
Vanessa Barbosa - Portal Exame - 25/05/2011

Após a aprovação do novo Código Florestal pelo plenário da Câmara, os deputados passaram ao pleito da emenda 164, apresentada pelo PMDB. A medida dá poder aos estados para definir política ambiental e trata de áreas utilizadas irregularmente em áreas de preservação permanente (APPs) em margens de rios. Ela foi aprovada à meia noite, mas não sem resistência do PV, do Psol, do PT e do líder do governo na Câmara.

Grosso modo, a emenda diz que caberá aos estados decidir sobre a obrigação ou não dos agricultores rurais que desmataram área de proteção permanente em suas propriedades até 2008. Segundo o deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo Dilma na Câmara, a posição da presidência da República sobre a proposta em votação é bem clara.

"Segundo a presidente Dilma, a emenda 164 é uma vergonha para o Brasil", disse Vaccarezza. De acordo com o governo, continuou o deputado, ela muda a essência do projeto do relator do Código, Aldo Rebelo, que determina a recuperação de áreas degradas para propriedades com mais de quatro módulos fiscais e exime as menores da obrigação de reconstituir a vegetação retirada.

O líder do governo foi além, dizendo que a presidente Dilma espera um voto de confiança do parlamento para que a emenda proposta para o Código pudesse ser melhorada ao seguir para apreciação no Senado. Para endossar, o pedido do governo, Vaccarenzza fez questão de lembrar que muitos dos deputados da oposição, que votaram pela aprovação do Código e agora querem aprovar a emenda 164, foram eleitos nas eleições do ano passado na mesma chapa da presidente Dilma Rousseff.

"Nós fomos eleitos com a presidente Dilma, foi na mesma chapa da Dilma que estava Henrique Eduardo Alves, Paulo Teixeira, o relator. Será que vamos derrotar o governo agora?". O pronunciamento de Vaccarezza foi alvo de vaias e críticas de deputados, que consideraram a declaração do líder do governo uma espécie de ameaça ou tentaiva de retaliação àqueles que forem contrários à posição oficial.

Favorável à emenda 164, o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), sustentou que vergonha "é um representante do primeiro escalão do governo estar sob suspeita e não prestar contas, é fazer tudo por meio de decreto, até definir o valor do salário mínimo, e não deixar o parlamento cumprir seu papel".

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fórum de Sustentabilidade da Amazônia e suas consequências

No final de março desde ano, o Fórum de Sustentabilidade da Amazônia se encerrou. Os participantes, incluindo políticos, cientistas, indíos e empresarios, assinaram a Carta do Amazonas.




Este documento destaca o papel da Floresta Amazônica para o planeta, tanto sob o ponto de vista ambiental como também pelo valor cultural e traz um alerta sobre ações e atividades predatórias ocorridas na região amazônica, explorando a população e extrativismo local.

No entanto, uma primeira ação, em termos de novos negócios, deveria fazer todos nós nos questionarmos: dois gigantes do comércio varejista, o Grupo Pão de Açucar e WalMart anunciaram parcerias em compra de pescado do Amazonas, incluindo espécies como Pirarucu e Tambaqui, tendo o Pão de açucar anunciado a compra de 4 toneladas de Tambaqui da reserva extrativista de Mamirauá, para comercializar em suas lojas de São Paulo. Segundo Hugo Benthlem, vice-presidente do Pão de Açucar "É um primeiro passo, pois vamos comercializar o peixe principalmente nas lojas de São Paulo. Mas também é um grande passo, porque vamos voltar aqui pra desenvolver junto aos produtores, junto aos frigoríficos, não só o peixe, mas todos os produtos que são produzidos de maneira sustentável".

Então, vem o questionamento: sustentabilidade também deve levar em consideração um item muito importante - a capacidade de consumo e desenvolvimento locais. Sendo explorado por grandes grupos varejistas, teremos a garantia de um real desenvolvimento local, ou isso irá se reverter mais uma vez em exploração predatória e descontrolada, deixando ainda um rastro de CO2 pelo caminho, com a ineficiência logistica para percorrer os quase 4000km que separam a capital Amazônica da Paulista?

Outra questão que pode ser levantada: Os negócios foram intermediados pelo FAS (Fundação Amazonas Sustentável), criada pelo Governo do Amazonas de forma mista, com o Bradesco e Coca-Cola. E a pergunta é : Como a sociedade pode ajudar a garantir que instituições gigantescas, como Coca Cola e Bradesco, que trabalham a longo tempo com foco em gestão de resultados financeiros, zelem por um bem maior, que não tenham a sustentabilidade apenas como fachada ou jogada de marketing?

As respostas para estes questionamentos não existem ainda, e mais do que simplesmente ficar na torcida para que as ações estabelecidas no Fórum não tenham efeito paliativo, devemos acompanhar de perto para garantir que o efeito positivo de todas as ações decididas entre grandes personalidades mundiais seja de fato aplicado.