segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um lixo para chamar de seu

Vamos falar de lixo.

Um assunto que a maioria das pessoas não dá muita importância. Mas vamos pensar juntos: De quem é o lixo?

Outro dia, minha mãe estava brava. Em pleno sábado, no condomínio que meus pais moram, ela bateu boca com o lixeiro que efetuava o recolhimento da coleta seletiva. O motivo da briga, segundo minha mãe, foi porque o rapaz se recusou a levar um pneu velho para reciclagem. Minha mãe alegou falta de vontade do rapaz e disse que iria reclamar com os dirigentes do condomínio.

Quando ela terminou a história, aguardando minha solidariedade e apoio por seu esforço em tentar reciclar, procurando ser motivo de orgulho para a filha, consultora em sustentabilidade, eu apenas falei tudo o que ela não queria ouvir:

"O lixo é seu! Você consumiu, gerou e agora quer que o rapaz da coleta seletiva se torne responsável por algo que você descartou? Muito provavelmente, o serviço prestado pela empresa que ele trabalha incluia uma gama de materiais recicláveis, mas pneus poderia não fazer parte da lista e se ele levasse, provavelmente este material ficaria jogado, ou pior, seria descartado incorretamente."

Confesso que minha mãe não esperava por isso, mas compreendeu.

Acredito que seja muito possível que a maioria de nós não tenha a compreensão correta sobre o lixo que produzimos.

O lixo é de quem gera. O lixo é seu, meu, nosso. Na sua casa, o lixo é de sua responsabilidade e ponto final. A prefeitura presta um serviço, no entanto, como cidadãos mais responsáveis, temos que entender qual nossa participação neste cenário.

Aliás, temos que entender que este cenário está mudando drasticamente.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que foi sancionada em 2010, após 21 anos de tramitação no Congresso, promete provocar uma revolução ambiental no nosso país. Talvez a mudança mais comentada e seja a extinção dos lixões até 2014.

Resumindo, a PNRS passa a diferenciar resíduos (tudo o que pode ser reaproveitado e reciclado), de rejeito (o que não pode ser reaproveitado), além de diferenciar tipos de resíduos, como doméstico, industrial, construção civil entre outros.

Os principais objetivos desta lei são entre outros: a não-geração, redução, reutilização e tratamento de resíduos sólidos; destinação final ambientalmente adequada dos rejeitos; diminuição do uso dos recursos naturais (água e energia, por exemplo) no processo de produção de novos produtos; aumento da reciclagem no país; e geração de emprego e renda para catadores de materiais recicláveis.

A PNRS institui o princípio de responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, e o consumidor, bem como fabricantes e distribuidores passam a fazer parte disto. Ai entra também a chamada logística reversa, que são ações realizadas visando facilitar o retorno dos resíduos aos seus geradores, para que possam ser tratados ou reaproveitados no ciclo produtivo.

Neste cenário novo, o cidadão passa a ter um papel decisivo e sua responsabilidade no descarte de lixo aumenta.

Claro que junto com a PNRS tem que haver um forte plano compartilhado entre prefeituras, governos estaduais e federal e muito investimento em educação e estrutura para reciclagem e logística reversa. O governo federal promete investir R$ 1,5 bilhão em projetos de tratamento de resíduos sólidos, na substituição de lixões e implantação da coleta seletiva e no financiamento de cooperativas de catadores.
Para mais informações sobre o PNRS, acesse a fonte dos dados deste post o Portal EcoD.

http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/politica-nacional-de-residuos-solidos-e-sancionada




Mas vamos começar fazendo nossa parte e entendendo melhor nosso papel.

1-Se você é do tipo de pessoa que vai às compras e escolhe o produto por alguns benefícios como cor, sabor, modelo, e preço somente, inclua na sua análise um item simples, mas que faz muita diferença: Procure comprar produtos com menos embalagens!

2-Você até tenta separar o lixo reciclável como latas e garrafas, mas no seu prédio ou bairro não existe um programa de coleta seletiva e eventualmente (senão quase sempre) alguns itens que poderiam ser reciclados, acabam indo para a lixeira comum, procure um posto de reciclagem de itens simples (vidro/papel/metal/plástico), no caminho da sua casa ou do seu trabalho. Não se gasta mais do que 5 minutos entregando seu material reciclável em um coletor de materiais recicláveis.

3-Se você foi além, já compra materiais com pouca embalagem, separa seus lixos recicláveis básicos (vidro, papel, latas e plásticos), entregando-os no entreposto de coleta próximo à sua casa ou trabalho, mas ainda assim vive com dúvidas de como descartar outros materiais e não acha locais ou informações apropriadas, acesse o

http://www.madeinforest.com/?reciclagem







Iniciativa do Made in Forest, a Central de reciclagem é um grande portal de reciclagem que oferece não só informações sobre o tipo de descarte, como também a empresa mais próxima que recolhe o material descartado. Apresenta também pontos de entrega de materiais (PEM) e pontos de compra de materiais (POC). Uma excelente opção para descartar corretamente materias dos mais diversos.

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