sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Novas atitudes, novas maneiras de consumir

Em junho, tive a oportunidade de ouvir uma palestra do espetacular Thomas Rau, proprietário do escritório holandes de projetos sustentáveis que leva seu nome,  falar de sua teoria sobre mudanças de comportamento de consumo.

Segundo Thomas, deveríamos pagar por eficiência e utilização e não por equipamentos. Desta forma, a prática da obsolescência programada dos nossos bens de consumo, que vivenciamos hoje,  estariam com os dias contatos. De modo geral, ele descreveu um cenário de pagarmos, por exemplo, por roupas limpas e não por máquinas de lavar roupas, com isto os fabricantes, seriam remunerados pela eficiência e priorizariam a fabricação de equipamentos mais duráveis. Afinal, pra que uma máquina de lavar roupas, senão para ter roupas limpas?

Utopia? Talvez. No entanto, o conceito de eficiencia de utilização começa a ganhar espaço.

Um exemplo prático é o conceito de carros compartilhados se espalhando pelos Estados Unidos. Se você não acredita que este tipo de negócio é para pessoas interessantes e bem sucedidas, mas somente para quem não tem acesso financeiro para comprar o próprio carro, então talvez a história de Lynn Jurich, CEO da Sunrun, maior companhia americana de aquecimento solar, te convença de que você está redondamente enganado.

Ela não tem carro próprio e além de não se incomodar com o fato, ainda tira vantagem deste "status". Veja a matéria na integra, no link abaixo:
http://www.fastcoexist.com/1681112/why-this-ceo-doesnt-own-a-car-the-rise-of-dis-ownership

Me identifiquei na hora com o comportamento de Lynn. Apesar de possuir um carro confortável, utilizo trem, sim, trem e não metro (que para algumas pessoas na nossa cidade pode soar quase como um palavrão) para vir trabalhar entre 2 e 3 dias por semana. Por opção própria! E de fato, é um tempo que tenho para ler jornal, ou livros interessantes, por alguns planejamentos do dia em ordem na minha cabeça e trabalhar um pouco, identificando tendências de comportamento, das mais diversas classes sociais (acredite!), que se deslocam neste transporte público. Além de tudo isto, gasto cerca de 30 minutos a menos, por trecho, se o fizer no horário de pico.

Claro que tenho a vantagem de ter estações de trem relativamente próximas, tanto do trabalho, quanto de casa e não podemos ignorar o fato da limitação de malha de transporte público nas grandes cidades do Brasil. Mas definitivamente, faço grande proveito desta "vantagem" que possuo. Sempre que possível, troco o consumo de combustível, pneus, óleo e trânsito, por cultura, leitura e planejamento!

Feliz 2013!












Nenhum comentário:

Postar um comentário