quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

West Elm - Erros e acertos em práticas e comunicação sustentável.


Com um slogan forte; "Get a little greener every day", ou "Seja um pouco mais verde todos os dias", esta rede de artigos para casa e decoração, fundada em 2002 pelo Grupo Williams-Sonoma,  navega em práticas sustentáveis com alguns erros e acertos. 

Visitamos a pequena loja recém inaugurada no DUMBO, região do Brooklin, em NYC. Esta unidade na verdade, é um novo conceito, chamado West Elm MARKET, com forte parceria de indústrias locais e ligação direta com a comunidade do bairro.




Com uma atmosfera extremamente agradável, muita iluminação natural e um Visual Merchandising composto por muitas peças de reuso, esta loja, mescla a exposição de utensílios para a casa e cozinha, jardinagem, muita valorização de produtos locais e artesanais (sem a cara de baixa qualidade ou improviso), com um café acolhedor e produtos alimentícios. Centenas de produtos interessantes, deixando explícito as parcerias que apoiam designers e produtores locais e independentes, madeira certificada, produtos orgânicos e materiais rapidamente renováveis.






No entanto, existe uma lacuna nas práticas sustentáveis desta rede, que pode por em cheque a validade de práticas positivas. Algo que estamos destacando à bastante tempo e também foi muito ressaltado na 102ª NRF por empresas como Whole Foods, Warby Parker e Starbucks.

O que falta? Mais transparência.

O designer é local, mas usa mão de obra legalizada? Qual origem das matérias primas? Como é a logística desta rede?

Exemplo prático desta lacuna é possível perceber rapidamente no catálogo on-line: Algumas peças descrevem a origem, mas quando não é local, a única informação que consta é "importado", sem especificar de onde exatamente e qual impacto de logística esta peça pode representar.

Não necessariamente, esta rede que tem ações tão bem estruturadas, ligadas ao varejo sustentável, está deixando de se preocupar com as questões acima. No entanto, se esta se preocupando e se tem uma atuação que visa minimizar certos impactos socioambientais, não está realizando uma comunicação transparente o suficiente para deixar seu público consumidor seguro.

E transparência é fundamental. Somente através da clareza de informações, o consumidor pode de fato realizar um consumo consciente e tomar decisões em que práticas sustentáveis sejam realmente comparadas e levadas em consideração.

Vamos continuar acompanhando a evolução desta rede, que vem com uma proposta bastante atrelada às práticas sustentáveis e que tem uma grande atuação on-line, inclusive, se dispondo a atender países como o Brasil.








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